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A prova de fogo da liderança


Liderar, explicam os mais conceituados especialistas do mundo no assunto, começa com o controle de nós mesmos. É ter domínio dos nossos pensamentos, sentimentos, emoções e, consequentemente, das nossas atitudes que se manifestam por meio das nossas falas, ações, gestuais, enfim, como nos comunicamos e nos relacionamos primeiro conosco e depois com o outro.


É nesta comunicação, quase silenciosa, que vamos estabelecendo o que faz sentido para nós. Se alimentarmos este nosso mundo interior com pensamentos, sentimentos, emoções e forças que nos impulsionam positivamente, é bem provável que as palavras que sairão das nossas bocas se tornem mais afáveis e nossa comunicação seja empática, apoiadora, com ouvidos e olhar atentos ao que a equipe nos diz ou até naquilo que ela não diz, mas que temos a sensibilidade em perceber.


Agora, quando é preciso controlar a si próprio (a) em meio a uma situação de crise, seja ela a que estamos vivendo com a pandemia, ou de qualquer outra origem que afete negativamente os negócios, decisões rápidas – e se possível precisas – devem ser tomadas para garantir a sobrevivência da empresa e, acima de tudo, de muitas pessoas que dependem deste emprego, desta renda para viver.


É normal que a liderança também já se encontre em seu estado latente de pressão em meio ao que poderemos chamar de “situação caótica”. O que fazer? Que recursos podem nos apoiar?


Neste cenário, mais do que nunca, o “conheça a ti mesmo (a)” será fundamental para a enfrentar os desafios gerados pelas incertezas, mas que não eximem as lideranças do poder da decisão.


Ter clareza e ousadia sobre os talentos, assumir os valores que governam a sua vida, as forças interiores que movem a alma e conectam coração e mente, certeza do propósito que persegue a cada dia, assim como humildade para admitir que não domina todos os conhecimentos e saber exatamente quais são as fragilidades, fazem parte da essência que leva a liderança a enfrentar, com coragem, as crises.


Em mais de 40 anos na liderança de equipes e também de processos de gestão de crises, com erros e acertos, aprendi que a gestão eficaz de pessoas é o fator primordial para vencer uma crise. O jeito de se comunicar e de se relacionar com equipes, clientes, fornecedores, enfim, com todas as pessoas afetadas com a situação, diferencia quem se aprofunda ou quem consegue enfrentar e sair de uma crise.


Por mais processos estruturados que as empresas ou os profissionais tenham (e eles são relevantes e necessários), é a força interior que vai determinar o sucesso ou o fracasso da liderança durante uma crise.


Na crise, existem mais oportunidades de revelar valores, princípios, virtudes, comando, firmeza, que movem o ser humano. Gestão de crise é a prova de fogo da liderança.


Escrito Por Diva Gonçalves

Consultora em Comunicação, Coach Especializada em Liderança e Carreira, Trainer e Analista de Perfil Comportamental

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